Palocci venceu, mas não convenceu.
Pálido, sem sinal do sorriso plastificado que sempre marcou seus pronunciamentos à frente da Fazenda, Antonio Palocci começou mal seu discurso na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.
Titubeou e seu tom de voz era queixoso, ao enumerar as muitas conquistas no front econômico. Exagerou ao prestar tributo a todos os governos anteriores por seus esforços em prol da estabilização macroeconômica - incluindo no rol até o ex-presidente Sarney, responsável pela criação do Tesouro Nacional, que tirou o giro das contas públicas da alçada do Banco do Brasil. Por alguns instantes, pareceu um discurso de despedida. De quem se sente injustiçado.
Poucos minutos depois, o ministro recuperou a boa forma. Reafirmou a necessidade de controlar a inflação e defendeu a gestão da dívida pública, negando que o governo esteja ''enxugando gelo, como muitos acreditam''. Elegante, não se furtou a citar nominalmente a ministra Dilma Rousseff, fazendo coro às preocupações com a retomada do investimento público.
O mercado achou bonito. Especulava-se nas mesas de operações, principalmente na quinta e na sexta-feira, sobre dossiês e novas investigações sobre a gestão de Palocci na Prefeitura de Ribeirão Preto. Com a respiração presa, diante da surpreendente antecipação do depoimento à CAE, os investidores se aliviaram quando ficou evidente que ninguém bateria duramente no ministro, querido nas fileiras pefelê-tucanas.
Passou quase batida a contradição da própria presença do ministro na comissão, que não era mesmo o foro adequado para responder às denúncias. A visita ao Senado, além de tumultuar a tramitação da MP 258, que cria a Super-Receita e precisa ser apreciada até amanhã sob pena de caducar, é inócua do ponto de vista das CPIs. JB Online
Quem sempre sai perdendo somos nós, contribuintes impotentes diante de tantas mentiras, roubos, escandalos, corrupção, assassinatos.
2 Comments:
Palocci e seus cupinchas estão todos comprometidos com os rolos de quendo era prefeito. Ele nega tudo, mas as provas são convincentes.
ht
Desde quando foi nomeado Ministro da Fazenda coadjuvante, havia uma carreta de denúncias contra ele, quando prefeito de Ribeirão Preto. Vale salientar, no entanto, que ele tb só está vivo e com o cargo mais importante do desgoverno, porque trabalhou (arrecadou) em grande escala e monta para o partido. Do contrário, estaria fazendo companhia para CD e Toninho e testemunhas.
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