Alckmin bate firme em Lula e diz que governo teve 'lista telefônica de corrupção

- Como se vai eleger um governo que, do ponto de vista ético, teve lista telefônica de corrupção? Governo que não funciona, com 34 ministérios, dinheiro jogado fora - disse, afirmando que o combate à corrupção é uma prioridade do programa do partido.Desde esta terça-feira, nota-se uma alteração no tom do discurso tucano. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o próprio candidato Alckmin atacaram com firmeza o tema da corrupção, chamando os eleitores para "expulsar vendilhões" e "atear fogo" à campanha. Mais tarde, os tucanos utilizaram a propaganda eleitoral gratuita para mostrar os escândalos.
O ex-governador de São Paulo também falou sobre a nova onda de ataques no estado: disse que é uma reação ao combate feito pela polícia e que a violência recrudesceu porque a eleição está próxima.
Perguntado sobre a falta de empenho de alguns governadores tucanos na sua campanha, Alckmin minimizou: disse que não considera traição e que é normal cada um correr atrás de seu voto.
Ainda na sabatina, sem querer, o tucano acabou culpando a política econômica de Fernado Henrique pela derrota de Serra em 2002, dizendo que o tucano perdeu a eleição presidencial passsada porque o país não cresceu como se esperava.
“ O programa partidário do Lula é um engodo ”
O ex-governador de São Paulo prosseguiu no ataque. Ele disse que a carga tributária no país é alta e vai crescer ainda mais se Lula for reeleito. O candidato do PSDB disse ainda que “anda pelo país e não vê obras”, mas só “tapa-buraco mal feito, que acaba com a primeira chuva”. Segundo Alckmin, “Lula não gosta de governar”, vive "num mundo diferente das pessoas", "foge do contraditório" e só gosta de "monólogos".- O programa partidário do Lula é um engodo – acusou.Alckmin afirmou também que, se for eleito, fará uma política externa contrária a do PT, que segundo ele, teve "resultado zero". O candidato voltou a atacar a postura do presidente Lula diante da crise na Bolívia. Segundo ele, a posição do governo foi "dúbia e submissa".
Para Alckmin, o desempenho de Lula nas pesquisas se deve ao que chamou de "recall". O tucano explicou que Lula já concorreu seis vezes a presidente e faz "utilização despudorada da máquina pública".
- Apesar disso, ele tem só 49% de aprovação - desdenhou Alckmin.
O candidato tucano minimizou sua queda nas pesquisas de intenção de voto, e mostrou-se confiante na realização de um segundo turno. Segundo ele, "as grandes viradas costumam ocorrer às vésperas da eleição". Comentou ainda a estratégia de Lula:
“ Meu adversário começou a atacar porque ele sabe que vai ter segundo turno ”
- Meu adversário começou a atacar porque ele sabe que vai ter segundo turno. E o segundo turno é uma nova eleição. Ele terá grande dificuldade. Por isso, o esforço enorme de evitar o segundo turno.Geraldo Alckmin disse que vai cortar gastos se for eleito. O tucano admitiu que essa não é uma medida popular, mas, segundo afirmou, bastante necessária.
- O PT está aparelhando o estado brasileiro e, com a ideologia de tomar o poder, tornando-o ineficiente – atacou.Segundo o candidato tucano, a política fiscal e monetária do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à reeleição, é frouxa e sobrevaloriza a moeda brasileira. Alckmin classificou o cenário atual como preocupante:
- O governo do PT pegou a carga tributaria que já era alta e elevou ainda mais, sem necessidade. Não tem uma medida de governo para conter gastos. Se a sua moeda corre risco, tem que defende-la, mas não é o caso. É o custo e o risco PT, e o povo brasileiro paga a conta. Por isso que o político não tem credibilidade. Há um abismo entre o falar o fazer - afirmou.